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Crianças sofrem com o problema, que pode causar falência renal. Conheça os sinais de que algo está errado
 
08/03/2010
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A infecção urinária ocupa o segundo lugar no ranking de doenças mais comuns na infância. Na maioria das vezes ela não é causada por má formação anatômica, mas pela contaminação pelas fezes. O diagnóstico nem sempre é fácil e quanto menor a criança, menor será a capacidade de descrever o que está sentindo.

Luiz Fernando Rodriguez, pediatra do Hospital Nossa Senhora das Graças, explica que muitas vezes a febre não aparece – como ocorre em adultos –, mas, se uma criança apresenta perda de apetite, irritabilidade e baixo ganho de peso, e se não há outra infecção aparente, a regra é solicitar um exame de urina. “Essa medida é obrigatória, pois infecções urinárias não tratadas e recorrentes podem levar à insuficiência renal ou mesmo ao desenvolvimento de hipertensão arterial crônica”, diz.

No período das fraldas o risco é maior, mesmo que a troca aconteça constantemente. O pediatra explica que o problema é mais comum nas meninas. “A uretra é curta e está mais próxima do canal vaginal e do ânus. Por isso, ao evacuar, o germe presente nas fezes pode penetrar na uretra e provocar uma infecção urinária”, explica. Nos meninos, a causa mais comum é a fimose, que dificulta a exposição da glande e a higiene local, desencadeando a infecção. “Nesses casos, a circuncisão é recomendada para prevenção”, diz Rodriguez.

O tratamento da infecção urinária é feito com antibióticos por aproximadamente 10 dias. “Após esse período, o ideal é realizar novo exame de urina de 48 a 72 horas após o término do medicamento. Se ainda houver infecção, é fundamental encaminhar a criança ao nefrologista, para aprofundar o diagnóstico”, afirma.

Investigação

Alterações no funcionamento dos rins e da bexiga também causam infecções urinárias. “Nesses casos, é preciso investigar o problema e começar logo um tratamento. Infecções repetidas podem comprometer a função dos rins, além de provocar o seu crescimento e deixar cicatrizes”, explica Rejane de Paula Meneses, nefrologista do Hospital Pequeno Príncipe. Segundo a especialista, quando a criança ainda usa fralda é mais difícil verificar a frequência das micções e a quantidade de urina eliminada. Alguns sinais de infecção só chamam a atenção dos pais após os dois anos de idade, quando começa o treinamento para o uso do banheiro. “É importante observar a criança e buscar ajuda profissional em caso de dúvida. Um diagnóstico tardio pode gerar lesões irreversíveis”, diz.

Hoje, existem recursos que possibilitam diagnósticos precoces. Por meio de exames simples, como a ultrassonografia, é possível analisar o funcionamento do sistema urinário. “Além disso, há exames específicos que avaliam o esvaziamento da bexiga, como o bladder scan. Outros, mais complexos, como a uretrocistografia miccional, identificam disfunções da uretra e da bexiga”, completa.

 

 
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